Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007
sou um bd-maníaco.
quer dizer, mais ou menos. mas tenho ali carradas de Patinhas e Donald's e Peninhas e Gastões e Zés Cariocas sempre a postos para quando o sono não vem ou para quando me apetece sentar demoradamente no trono.
até Mickeys e Patetas tenho! Dasss!!!
muitas vezes acabo por pensar em, e mesmo contar, historietas parvas destas personagens.
Desde que
RPS escreveu uma posta chamada "Perguntas estúpidas merecem boas respostas" que me apetece chamar-lo à atenção e dizer-lhe que não é assim, mas "
Perguntas parvas, respostas idiotas".
esta não era um historieta banal de Donald's, era uma colecção de perguntas parvas e de respostas ainda mais estúpidas. não sei se foi com elas que adquiri a fabulosa ironia que tenho, mas se não foi...
a Minie está à janela de um prédio cheio de andaimes por andarem lá pintores a trabalhar. de repente passa um trolha a malhar lá de cima, em posição vertical, de cabeça para baixo. ela pergunta-lhe:
-moço, você caiu?
-não, reparei agora que ficou um pedaço por pintar lá em baixo.
e davam até uma segunda hipótese de resposta:
-não, lembrei-me agora de que estou atrasado para um encontro.
outra mostrava a Clarabela, essa vacalhona, na fila de um self service, a pisar o pé de um gajo que, claro, está roxo e com os olhos quase a sair das órbitas. ela pergunta:
-desculpe, estou a pisa-lo?
-não, estou a fazer esta cara porque o preço do almoço aqui aumentou!
a outra resposta que ele dava ainda era mais estúpida.
Mas há uma historieta que eu recordo sempre como o paradigma da vida em geral e da vida do programador em particular.
mostra o Donald a subir um monte cheio de dificuldades, a lançar cordas e a içar-se, a agarrar-se como pode a pedras para não cair, sempre a seguir placas que dizem "Guru, 10 km".
5 km,
3 km,
2 km,
1 km
e chega ao Guru, que está beatificamente sentado numa cadeira, no topo da montanha.
-Guru, por que a vida é tão difícil?
-porque muitas vezes nós não conseguimos encontrar o melhor caminho para resolver as coisas.
a "câmara" afasta-se e mostra Donald a ir embora por um lado, o Guru a ir por outro.
Donald vai por onde veio, o Guru desce tranquilamente o lado do monte em forma de escadas.
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
o programa "O Provedor do Telespectador" deste fim de semana foi bastante interessante pois girava à volta de um assunto sobre o qual não tenho falado, mesmo vendo o "Bom dia, Portugal" todos os dias: os ardinas e as suas bardinagens.
um "telespectador" falou de um caso e, nem de propósito, mostraram o pedaço de tele-lixo de que falava:
era uma entrevista de Magda Rocha a um padre qualquer. ela diz-lhe:
-o senhor padre acusou a autarquia de...
-não, eu não acusei ninguém. eu alertei a autarquia!
-eu disse "acusou" porque sou jornalista...
o dever do jornalista é informar.
o dever de Magda Rocha é ajoelhar-se, desapertar a braguilha a quem a mantém no ar e começar a chupar!
e, nas horas vagas, acusar...
Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007
O Outono é fodido!
Traz com ele as depressões, os dias mais curtos e mais frios, a puta da filha da puta da queda do cabelo, o trânsito estapafúrdio, traz o medo de morrer, o medo de matar, a paranóia nuclear...
Mas o Outono também traz (onde é que eu já ouvi isto...) os dióspiros orgasmatrónicos, as ervas (coisas que ainda não provei este Outono), aquelas cores maravilhosas do início da manhã e do fim de tarde, sejam elas admiradas numa praia sem ninguém por perto, sejam elas admiradas num qualquer bosque...
Este ano o Outono sabe ainda mais a mel: a juntar a isto tudo trouxe-me um álbum dos magníficos 'Head e um dos Underworld, que se fizessem uma religião eu tomava a puta da hóstia, rais me fodam se não tomava!
Blood on a tissue on the floor of the train
Sun goes down, temperature drops
Beautiful burnout, beautiful burnout
Bird
Chrome
Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007
Quarta-feira, 17 de Outubro de 2007
quanto mais se lavam mais bonitas ficam.
quanto menos se lavam mais bonitas ficam.
Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007
saíram mais dois álbuns, do que ouvi parecem-me bem interessantes:
Underworld e She Wants Revenge.
Senhores das Editoras: Posso pagar quanto quiser por cada um deles, qualquer coisa como 7 £ibras?
ou vou ter que não pagar nada??
a andar aos esses das muitas cervejas que bebi durante a noite e atarantado dos muitos charros que fumei, chego a casa entre as 6h30 e as 7h00 da manhã.
enquanto o grelhador trata de uma tosta mais ou menos mista, para não levar aquilo tudo para roer durante o resto da "noite", ligo a tv, à espera que um qualquer anúncio de tele-shop me fascine ou que uma sequência de anúncios semi-pornográficos a toques de telemóvel ou a linhas eróticas de valor acrescentado me faça embrutecer. lol, embrutecer!
na rtp passa uma reportagem, nitidamente uma reportagem de época.
no dia seguinte vi o povo, aquele povo de merda, a dizer "ai, nom, que a igreija lá da minha fregujia é munto mais bunità que està.", "estibemos aquie dua'joras e num num deixom entram naã igreija porquièê?".
povo que, estupidamente, continuará a contribuir para aquilo a que o padre correia de oliveira chama "Fátima... MENTE".
voltemos à reportagem de época.
aquilo devia ser dos fins de 70, inícios de 80.
do meio do nada aparecia no meio da estrada um qualquer "Eduardo Pinto" (Joaquim Manuel Ferreirinha, e ò xenhor, cuméque se'chama?) com uma fina maçaroca na mão e pergunta:
-então de onde é que os senhores vêm?
antes que o acabrunhado membro do povo conseguísse dizer:
-vimos de Aveiro
já o resto do grupo está acabrunhado de volta do feliz entrevistado, ocupando quase toda a faixa de rodagem, pouco se importando para as rasas, essas sim, miraculosas que os poucos carros que passam lhes fazem.
e lá falam os membros do povo da sua devoção, da sua fé inabalável, de outras merdas do género.
sei que a minha tosta, essa sim, mística está pronta e nela ferro o dente.
antes de acabar de a comer tenho tempo para ouvir não um tribuno, podia ser um questor, mas acho que as palavras que melhor o definem são "impostor" e "estupor".
e esse estupor desse impostor, de batina, claro, fala do povo, do povo que lhe enche a mula, que lhe paga as putas, os meninos, as uvas fermentadas e os almoços bem almoçados na casa de uma qualquer "Titi, D. Maria do Patrocínio".
e fala nestes termos:
-temos que zelar por este local. sabemos que o povo que vem a este santo local fazer promessas é povo que tem precárias condições de higiene, que são muito agravadas pela peregrinação, a que se junta os sacrifícios (e a tv mostrava aquelas imagens de povo a rastejar e outro de joelhos) o que as torna ainda piores.
e continuou a debitar padralhadas deste género, mas para pior, algo que, devido à moca que trazia na barriga, me fez desligar a tv, para não ter que vomitar.
numa aula de Português, o saudoso Professor Coelho de Moura falou-nos da construção das palavras e da sua origem latina. falava-nos nesse dia do sufixo "grafia".
-Digam palavras acabadas em "grafia"
-geografia
-Geo-terra, grafia-descrição; Geografia: descrição da terra.
e assim enquanto os alunos iam dizendo palavras o distinto professor dava-nos o seu significado.
quando a turma estava sem ideias eu arrisquei:
-Pornografia
-Ouves muitas asneiras, não ouves menino EiiRPzinho? porno-baixo; grafia-descrição; Pornografia: descrição do que é baixo.
tenho a certeza que nesta noite de que aqui falei estive a assistir a uma triste, mas triste reportagem pornográfica.
Quinta-feira, 11 de Outubro de 2007
finalmente Catalina (Catauína??, Calalina??) Pestana (Nana-nana??) falou.
falou e disse.
ou não! estou como a outra: sei lá!
sei que essa senhora não fodeu nem saiu de cima:
não contribuiu para o circo mediático ao não acusar certas figuras como Veloso, Paneira, Pacheco, Mats Magnusson, Manuel Damásio, Tomás Taveira, Nelson Piquet, Carlos Manuel, Carlos Lopes, etc, de pedofilia, o que foi uma pena!
aliás, nem sequer o menino Tonecas e o Jorge Gabriel acusou de pedofilia!!
por outro lado não defendeu minimamente as crianças que lá andavam ao não conseguir (não querer? não saber?? não poder??) tocar a merda do caso para a frente.
em suma: o que mais lhe desejo é que fique muitas vezes empancada na berma da auto-estrada no seu Opel Corsa vermelho de 1992 em hora de ponta, com todos aqueles filhos da puta daqueles pónhónhós a olhar para ela com a boca aberta enquanto enfiam três dedos no nariz e dizem "ahhhhhhh"...
já todos vimos daqueles filmes americanos muuuuuuuuito credíveis.
as minhas cenas preferidas nestes filmes consistem no seguinte:
grandes car crashes, grande aparato, tiros, explosões, gajas a correrem nuas pelos cruzamentos, mais tiros e mais explosões e continuam a chegar carros a 200 à hora, que contribuem muito para que a amalgama de chapa continue a crescer...
e a crescer, que de onde vieram aqueles carros a 200 à hora ainda vêm mais!!!
em portugal seria diferente.
basta uma gaja tão sexy como a Catalina Pestana estar parada dentro de um Opel Corsa vermelho de 1992 na berma da auto-estrada que imediatamente todos os pónhónhós abrandam...
todos os pónhónhós abrandam...
bah! abrandam os pónhónhós que vão em sentido contrário!!
os que vão no mesmo sentido param mesmo!!!
o que aconteceria em Portugal com aquele cenáriozorro lá de cima?
Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007
There are two colors in my head(Radiohead - Everything in its Right Place)
A vida não é sempre a preto e branco. Também pode ser a branco e preto.(Funes, el memorioso - Elogio do jogo de xadrez)
The colors of the Rainbow are so pretty in the sky(Louis Armstrong - What a wonderful world)
Pois, parece que o preto e branco já estão completamente out.
o que está a dar é o "colorful", contendo as cores do Rainbow.
Estou ansioso que o site
www.inrainbows.com esteja um pouquinho mais disponível para ir, voluntariamente, dar algum dinheiro aos fabulosos 'Head, que de certeza bem o merecem!
E haja um chá de hortelã e eucalipto da côr do
(yesterday I woke up sucking a) lemon enquanto se espera...