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Braga, a cidade dos 3 p's (padres, putas e paneleiros), tem uma feira do livro.
um deles tinha na capa uma cona, mas atenção, uma cona bem pentelhuda. as autoridades, com medo que depois viesse lá o bispo dizer "ao menos nesta cona nunca entrou um ovo senão teria os pintelhos amarelados", retiraram o livro das bancas.
o penúltimo livro que li, de Diane di Prima, tinha escrito mais vezes a palavra "caralho" a cada 2 páginas do que as vezes que a bispalhada consegue dizer na missa "oremos, irmãos".
há uns anos atrás li um livro de uma autora desconhecida chamado "memórias de uma cantora lírica".
gostava que os senhores abades o lessem. às páginas tantas conta uma orgia em que os abades, para além de crianças e animais, queriam que tivesse mortos.
um livro destes não poderia estar exposto em braga: as barrigas de azeite dessa padralhada explodiria de tamanho tesão acumulado sobre a capa da frustração...
e a PSP escorregaria no azeite quando tentasse levar os livros...
train. talk. a minha interlocutora apanha-me bem disposto. é uma miúda gira, mas mostra-se triste.
e abre-se e fala da ex-relação dela, assunto que a massacra há 6 meses. eu vou dizendo umas coisas. sinto que estou espirituoso e assertivo.
passado um bocado ela diz-me: -mas tu, como não acreditas em nada, ... digo-lhe que não, que acredito em muitas coisas. digo-lhe que sim, que não acredito numa data de balelas.